quinta-feira, 21 de julho de 2011

A crise não é uma fatalidade




O dinheiro tornou-se papel do diabo. Não tem senão o valor que lhe queremos dar, é papel para queimar no inferno, se este existisse. Pensemos duas vezes antes de o entregar à Banca agiota que explora a nossa ganância.
Há dois mil anos a multiplicação dos pães matou a fome aos famintos, a multiplicação do dinheiro abre o caminho par um absurdo desejo de poder, de alienação da vida dos mais pobres. O dinheiro como símbolo de riqueza, de controle das sociedades, viola os mais elementares valores da igualdade, da fraternidade e da liberdade. Não há milagres, não esperemos que alguém se vá sacrificar pela Humanidade, teremos que ser nós mesmos a deitar abaixo novos e velhos muros.

Esperar sentado

Viram Zeitgeist? Preocupa-me que uma geração com acesso fácil a múltiplos meios de comunicação, com acesso ao conhecimento sob as mais variadas formas se recuse a ser actor da história esperando que cheguemos ao ponto de ruptura para que a mudança chegue como por magia. Esta forma de viver a esperança num mundo melhor, será também a melhor maneira de matar a esperança no ventre dos sonhos e porquê matá-la? Porque a esperança é sempre um embrião condenado à morte sem uma boa preparação para o parto, ora esta geração "Zeitgeist" prepara-se no casulo dos seus conhecimentos, preparam um homem novo na solidão dos seus desejos. A História acontece todos os dias mas só em momentos especiais nos apercebemos que estamos a fazer história. Que contribuição daremos ao recusar participarmos na luta comum só porque os resultados não são imediatos?
O caminho tem pedras mas recusar marchar sobre o fogo é deixar que o poder não mude nunca e esteja cada vez mais longe de responder às nossas necessidades. Podemos eceitar estar cada vez mais vivos e agregar vontades ou morrermos sem que o paraíso desça sobre a terra.