terça-feira, 18 de outubro de 2011

A História não acabou

É nosso dever responder à chamada de jovens conscientes que não querem continuar amarrados e formatados por partidos políticos ou sindicatos. Estão no seu direito e assistimos talvez a uma nova forma de participação. Pode parecer um caos onde ninguém parece controlar ninguém mas tudo flui pacificamente durante o percurso pré-estabelecido. Simbolicamente para-se e grita-se em frente da Casa do Povo : A Assembleia da República. Ergue-se imponente e distante, indiferente aos gritos de raiva contida. Até quando este povo terá que pagar o que outros vão destruindo impunemente? Gostaríamos todos que a ética descesse à Terra, que os políticos, os banqueiros, os que detêm as forças de produção abrissem o coração, os olhos e aceitassem que o seu poder não existiria sem a nossa força de trabalho.
Merecemos todos ocupar um lugar de mérito neste planeta à deriva, entregue à ganância, ao despudorado explorador ladrão de vidas e de almas.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A crise não é uma fatalidade




O dinheiro tornou-se papel do diabo. Não tem senão o valor que lhe queremos dar, é papel para queimar no inferno, se este existisse. Pensemos duas vezes antes de o entregar à Banca agiota que explora a nossa ganância.
Há dois mil anos a multiplicação dos pães matou a fome aos famintos, a multiplicação do dinheiro abre o caminho par um absurdo desejo de poder, de alienação da vida dos mais pobres. O dinheiro como símbolo de riqueza, de controle das sociedades, viola os mais elementares valores da igualdade, da fraternidade e da liberdade. Não há milagres, não esperemos que alguém se vá sacrificar pela Humanidade, teremos que ser nós mesmos a deitar abaixo novos e velhos muros.

Esperar sentado

Viram Zeitgeist? Preocupa-me que uma geração com acesso fácil a múltiplos meios de comunicação, com acesso ao conhecimento sob as mais variadas formas se recuse a ser actor da história esperando que cheguemos ao ponto de ruptura para que a mudança chegue como por magia. Esta forma de viver a esperança num mundo melhor, será também a melhor maneira de matar a esperança no ventre dos sonhos e porquê matá-la? Porque a esperança é sempre um embrião condenado à morte sem uma boa preparação para o parto, ora esta geração "Zeitgeist" prepara-se no casulo dos seus conhecimentos, preparam um homem novo na solidão dos seus desejos. A História acontece todos os dias mas só em momentos especiais nos apercebemos que estamos a fazer história. Que contribuição daremos ao recusar participarmos na luta comum só porque os resultados não são imediatos?
O caminho tem pedras mas recusar marchar sobre o fogo é deixar que o poder não mude nunca e esteja cada vez mais longe de responder às nossas necessidades. Podemos eceitar estar cada vez mais vivos e agregar vontades ou morrermos sem que o paraíso desça sobre a terra.